Livro novo!
Torero
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Torero
“Sou alvinegro da Vila Belmiro, o Santos, o Santos vive no meu coração…”.
A Vila é tão importante para o Santos que está no primeiro verso de seu hino. Apesar disso, não lembro de uma decisão estadual acontecida por lá. O clube sempre conquistou seus títulos no Pacaembu ou no Morumbi. Ou seja, a grama da Vila Belmiro ainda não foi regada pelas salgadas lágrimas de uma final paulista.
Obviamente houve partidas importantes, como em 2006, contra a Portuguesa, na última rodada de um campeonato por pontos corridos. Mas a Lusa nem era a segunda colocada. Foi uma partida decisiva, não uma decisão.
A verdade é que a Vila perderá a virgindade hoje, com vetustos 94 anos. Mas tudo bem. Nunca é tarde para um grande prazer.
Batismo
A história do estádio mais antigo do país começa em 1916, quando os dirigentes decidiram comprar um terreno. Ficaram em dúvida entre duas áreas: aquela onde hoje fica a Beneficência Portuguesa, e outro, na Vila Belmiro. Apesar de um pouco mais cara, preferiu-se a segunda por estar livre de demandas.
Um registro da época enumera as suas qualidades: “Não possui condôminos, é alto (72 centímetros acima do nível da rua), tem luz elétrica, esgotos e bonde na porta.”
A área custou Cr$ 66.600,00. Só para se ter uma idéia, dez centavos era o preço de uma passagem de bonde. Logo começam as obras: o nivelamento do campo e uma arquibancada de madeira. Urbano Caldeira e outros torcedores plantaram grama nas noites enluaradas para que ela pudesse crescer a tempo de se realizar ali uma partida do campeonato paulista.
Deu certo.
No dia 22 de outubro acontecia o jogo de estreia contra o poderoso Ypiranga de Formiga, Fred e Dionísio.
Havia apenas modestas arquibancadas de madeira e uma cerca em volta do gramado. Mesmo assim o público pagante foi de duas mil pessoas. Quem apitou o jogo foi um árbitro que tinha nome de filósofo grego: Demóstenes de Silos.
O santista Adolfo Millon Jr., que gostava de jogar descalço, fez o primeiro gol da história do estádio. Porém, o Ypiranga empatou logo depois com um gol de Formiga. Mostrando que aquele gramado seria um alçapão do qual poucos escapariam, Jarbas fez o segundo gol alvinegro e o campo estreava com vitória.
Carteira de identidade
A Vila mais famosa do mundo tem nome e apelido.
O nome é Urbano Caldeira, que foi zagueiro (só marcou dois gols pela equipe), técnico (o primeiro) e dirigente do Santos.
Já o apelido é Vila Belmiro, como o bairro, que é assim chamado por conta de Belmiro Ribeiro de Moraes e Silva, que loteou a antiga Vila Operária.
De alguns ângulos, o bairro mais parece um cenário, como se voltássemos à década de trinta. Tanto que serviu de locação para a primeira versão da novela Éramos Seis (TV Tupi, 1977).
Quem anda por aquelas ruelas também pode lembrar da letra de “Gente Humilde”, de Chico Buarque e Vinicius de Moraes: “São casas simples com cadeiras na calçada, e na fachada escrito em cima que é um lar, pela varanda flores tristes e baldias,como a alegria que não tem onde encostar…”.
Mas não é um lugar tão humilde. Há simpáticos e espaçosos sobrados, bangalôs com quintais, prédios baixos e pequenas casas de comércio, como a barbearia do Didi, que de vez em quando ainda corta o cabelo de Pelé.
Eu, confesso, tenho um pouco de inveja de quem mora por ali. Deve ser ótimo ficar na janela depois do jogo, olhando as pessoas se espalharem contentes pelas ruas, cantando músicas e contando vantagens.
Costumo parar num bar que há ali perto para ver os melhores momentos do jogo. Há vendedores de churrasco que levam aparelhos de tevê justamente para atrair compradores na saída. As barracas, aliás, são várias e boas. Pode-se comer boas linguiças e pernis.
Alguns moradores fazem a comida em sua própria casa e servem os fregueses no portão. Outros preferem transformar as garagens em miniestacionamentos. É normal vê-los à porta das casas, convidando carros e motos para suas vagas, e muitos têm fregueses de vários anos.
Certidão de casamento
Quem vive ao redor da Vila não consegue ficar indiferente ao clube. Morar por ali é a certeza de se tornar santista. Dona Iolanda, por exemplo, que mora na rua Princesa Isabel e tem quase 90 anos, sabe a escalação do time de cor. Pode-se vê-la pela através da porta de vidro da varanda assistindo aos jogos e reclamando dos jogadores. Ela jamais foi ao estádio ver um jogo ao vivo. Não sabe o que está perdendo.
A Vila é o melhor estádio em que já vi um jogo de futebol. Ao mesmo tempo em que oferece total visão do campo, como no Pacaembu, fica-se muito perto dos atletas, como na Rua Javari. Escuta-se tudo o que os jogadores falam e, para azar deles, o contrário também acontece. Se você caprichar no xingamento, certamente vão escutá-lo. Podem perguntar a Wanderley Luxemburgo.
Esse ar de intimidade, de coisa simples, é o charme da Vila Belmiro. Ao mesmo tempo em que oferece certo conforto moderno, por conta da reforma iniciada na gestão passada, possui um raro ar de nostalgia.
Por conta desse estádio curioso, aconchegante e cercado de casas, o Santos não é apenas o único campeão mundial vindo de uma cidade com menos de quinhentos mil habitantes. É também o maior time de bairro do mundo, o time da Vila Belmiro.
PS: As ilustrações de hoje são um quadro e parte do mural feitos por Paulo Constantino.
Torero
Hoje, na TV Cultura, à meia-noite, passa o programa com o nome acima, dirigido por Toni Venturi, com roteiro deste que vos escreve e de Gabriella Mancini.
É uma mistura de ficção e documentário. Entre os depoimentos reais há o de Eduardo Viveiros, um dos antropólogos mais importantes do país, que está bem interessante. Entre os falsos, Freud e Copérnico.
O ator Daniel Ortega dá um pequeno show no papel de macaco.
Para dar uma olhada, clique aqui: http://www.somos1so.com.br/categorias/cultura/
Torero
Ah, Paulistão City…
Cidade bela e violenta, com suas ruas cobertas de areia e sangue, seu cheiro de esterco e de morte, seus saloons repletos de bêbados, bandoleiros, caubóis e duplas sertanejas.
Ontem foi o duelo final. A última e derradeira troca de tiros.
Os duelistas eram Tim Timão e Billy, the Fish, dois inimigos de longa data e pavio curto.
Era uma revanche. Há dois anos eles lutaram para ver quem seria o xerife de Paulistão City e Tim venceu, principalmente graças a dois belos tiros de sua garrucha Big Ronald.
Mas agora seria diferente. A velha garrucha já não funciona mais, e o Colt Neymar, que naquele tempo ainda não fora amaciado, já tem mais de sessenta marcas em seu cabo de madrepérola.
Quem ganhasse seria o xerife. E Billy começou melhor. Tanto que logo aos 16 minutos já acerta o peito de Tim.
Depois teve várias outras chances, mas as balas de Billy furavam o chapéu, arrancavam fios de cabelo ou paravam no colete JC de Tim Timão. Billy poderia ter acabado com seu rival na primeira parte do duelo. Mas não teve pontaria e isso poderia lhe custar caro.
Na segunda metade, Tim voltou bem melhor. É o tipo de caubói que jamais se entrega. O tipo de caubói que, mesmo ferido, sempre acha que pode vencer.
O duelo ficou equilibrado, com tiros sendo trocados de lado a lado. Mas, aos poucos, Tim foi ganhando espaço e encurralando Billy, the Fish. Este, porém, defendia-se bem. Colocou à sua frente uma mesa Durval e uma cadeira Arouca, de modo que as balas quase sempre paravam por ali.
Então, num contra ataque, saiu um tiro do colt Neymar. Não foi uma bala certeira nem forte. Talvez tivesse pouca pólvora. Mas acertou o colete JC de Tim Timão exatamente num ponto em que a costura estava mal feita. E aí não teve jeito. A bala entrou pelo buraco e acertou o coração do inimigo.
Parecia o fim. O golpe fatal.
Mas não era. Para Tim Timão, a esperança é a última que morre. Ele voltou a atacar e alvejou Billy.
Os últimos minutos foram tensos. Tim atacava, mas sem talento. Aliás, esta foi uma diferença decisiva entre os dois. Tim se esforçou e até equilibrou os duelos, mas faltou-lhe o talento que tinha nos tempos de Big Ronald.
Os segundos viraram minutos, os minutos, horas. O relógio movia-se mais lento que uma tartaruga manca, mais devagar que um funcionário público em véspera de feriado. Tudo se arrastava como numa ligação para reclamar do preço errado na fatura da NET.
Mas finalmente o judge apitou o fim do duelo. A esperança de Tim é a última que morre, mas morre.
Os fãs de Billy abraçavam-se e The Fish dava diros para o alto, comemorando sua segunda vitória seguida. A quarta em seis anos.
E, no final, batizados pelas gotas de chuva, todos cantavam uma canção que dizia que todos ali eram alvinegros do saloon Belmiro e que Billy morava em seu coração, que ele o motivo de todo seu riso, de suas lágrimas e emoção.
PS: Desenhos de André Bernardino.
Torero
Estréia (sim, com acento, que não gostei da reforma) hoje, na TV Cultura, uma séria chamada “Somos 1 só”. São oito programas de uma hora, sempre às terças, às 23h45.
Este que vos escreve participou dos oito roteiros. São uma mistura de documentário, ficção e animações. Modéstia bem à parte, acho que ficou bem bom.
O programa de hoje é “A espiritualidade e a sinuca”, com participações especiais de Deus e do Diabo. A direção é de Lírio Ferreira, que tem ótimos longas e documentários no currículo, como “Baile Perfumado” e “O homem que engarrafava nuvens”.
Torero
Há poucos mestres incontestáveis na literatura mundial, daqueles para os quais todos tirariam o chapéu no programa do Raul Gil, mas certamente um deles é Vladimir Nabokov, o autor de “A verdadeira vida de Sebastian Knight”, recentemente trazido à luz, e às estantes, pela Alfaguara.
Trata-se do nono romance escrito por Vladimir Nabokov. Seu lançamento aconteceu em 1941, pouco antes do ataque japonês a Pearl Harbour, e talvez por isso tenha passado um tanto despercebido pela crítica na época. Na verdade, Nabokov só iria estourar 14 anos depois, em 1955, com Lolita, que logo se tornou um clássico. Depois deste sucesso, o escritor norte-americano de origem russa finalmente pôde viver apenas de escrever, parando de dar aulas nas universidades dos EUA (1).
O livro é narrado por V., que conta a história de seu meio irmão, o escritor Sebastian Knight. Trata-se, de certo modo, de um livro de detetive, já que temos aqui um personagem em busca da história de outro, o que ele consegue perseguindo pistas, falando com pessoas e indo a lugares que tiveram relação com seu irmão (2).
Do mesmo jeito que Lolita é um longo depoimento a um júri e Fogo Pálido é a análise de um poema, aqui temos um livro que não é uma simples narração onisciente em terceira pessoa, mas sim uma peça literária em primeira pessoa e com alguma intenção, no caso, uma nova biografia de Sebastian Knight. (3)
Este é um recurso interessante de Nabokov, um recurso que poderia ser chamado de pós-moderno, pois ele trata o livro como um objeto que está nas mãos do leitor, ou seja, não se trata de uma história narrada por uma espécie de Deus, mas sim por uma primeira pessoa que está escrevendo algo, um algo que você está lendo. Assim há, aparentemente, uma quebra da fantasia. Mas só aparentemente, já que o narrador e o narrado são inventados. (4)
Uma curiosidade sobre “A verdadeira vida…” é que este é o primeiro livro escrito em inglês por Nabokov e foi editado nos EUA, mas não foi escrito lá ou na Inglaterra, e sim em Paris, cinco anos antes. Mais especificamente no banheiro de um quarto de hotel, com o autor fazendo o bidê de escrivaninha, para não atrapalhar o sono da mulher e do filho. Numa prova de que os editores não são perfeitos quando fazem a seleção dos livros a editar, Nabokov ficou três anos tentando publicar seu livro na Europa e nos EUA sem consegui-lo. (1)
Nabokov já era um autor maduro quando escreveu este livro, e já se podem ver suas descrições precisas e quase poéticas, com imagens ricas e que demonstram um pouco da psicologia da cena e do personagem, como, por exemplo, quando fala das delícias de um dia em São Petesburgo (5):
“(…) a pura luxúria de um céu sem nuvens destinado a não aquecer a carne, mas exclusivamente ao prazer dos olhos; o brilho das cores dos trenós na neve bem batida das ruas espaçosas com um toque fulvo entre as trilhas devido à rica mistura com estrume de cavalo (…)”.
Temos nesta descrição o clima feliz mas nem tanto da cidade, com seu sol que não esquenta e os coloridos trenós sobre a neve misturada com estrume de cavalo, uma combinação que serve de metáfora do livro, que tenta ver o podre que há sob a cândida e alva aparência das coisas. (6)
Voltando à história, vemos que, durante a investigação de V., ele lentamente vai se aproximando de Sebastian Knight. Começa a pensar como ele pensaria e até se apaixona por quem ele se apaixonou, ao amar a misteriosa Nina. (2)
A prosa é precisa, sem grandes fatos ou aventuras, mas com boas reviravoltas e profunda investigação psicológica. (7)
Como em várias das obras de Nabokov, os personagens principais sofrem um certo deslocamento geográfico. N0 caso, os irmãos são dois russos que saem pelo mundo. De certa maneira, eles repetem o que aconteceu com o próprio autor, que nasceu na Rússia, em meio a uma família aristocrata, em 1899. Vinte anos depois, Nabokov teve que abandonar a União Soviética. Terminou seus estudos na Inglaterra, no Trinity College, em Cambridge, licenciando-se em literatura russa e francesa. Em 1923 foi viver em Berlim, mas, por conta dos nazistas, em 37 decide ir para Paris e de lá vai para os Estados Unidos, onde se dedicou ao ensino de língua e literatura russa em várias universidades, como Stanford, Wellesley, Cornell e Harvard). Depois do estrondoso sucesso de Lolita, vai viver em Montreaux, na Suíça, onde morreu em 1977. (8)
Por fim, um dos traços mais interessantes deste romance é que depois de algumas páginas o leitor não sabe mais ao certo o que é verdade e o que é mentira na nova biografia de Sebastian. E a tênue linha que separa a verdade e a mentira é mesmo uma interessante questão, ainda mais no caso desta crítica, pois eu não li “A verdadeira história de Sebastian Knight”.
Isso mesmo, caro leitor e caríssima leitora, este texto foi um exercício de picaretagem. Apenas passei os olhos pelas sete primeiras e pelas cinco últimas páginas do livro, assim como fazem muitos resenhistas da grande imprensa. Depois, gastei 45 minutos pesquisando na internet sobre o livro e seu autor. Os truques para fazer resenhas sem ler os livros, você pode ler no texto abaixo.
Torero
(obs.: é melhor ler o texto acima antes de ler este)
Muitas críticas que você lê hoje na grande imprensa foram feitas por pessoas que não leram a obra em questão por inteiro. Creio que isso acontece por três motivos: pouco tempo, pouco espaço, pouco pagamento. Tomando por base os textos que saíram sobre meus livros, acredito que apenas metade das resenhas são escritas por críticos que realmente leram a obra resenhada.
Portanto, os resenhistas têm que lançar mão de vários truques para compor seu texto. Reparei na repetição de alguns e resolvi fazer um breve manual de “Como escrever uma resenha sem ler o livro resenhado”.
Vamos aos sete passos necessários para esta não tão árdua tarefa:
1-) Se você não leu o livro, uma boa saída é contar várias curiosidades sobre ele e seu autor. Você pode encontrá-las no release enviado pela editora, na orelha e na contracapa do livro, e, é claro, na internet. Colocando várias destas curiosidades, o leitor vai pensar que você é um expert em literatura, um livre docente que defendeu tese sobre o autor em questão.
2-) É muito importante você fazer um resumo do livro. Dá a impressão de que você leu todas as suas páginas e conseguiu condensar tudo num só parágrafo. Geralmente o release já traz uma boa sinopse. Caso a editora do livro não tenha uma boa assessoria de imprensa que mande um resumo publicável, é só pedir ajuda de São Google. Porém, se você tiver o azar de ter que fazer a primeira resenha do livro, peça ao próprio autor que lhe conte a história. Lembro que certa vez fiquei mais de uma hora no telefone contando a história de um livro a um jovem repórter do finado Jornal do Brasil. Como sou ruim para contar histórias oralmente, no dia seguinte saiu uma péssima resenha sobre o livro. Mea culpa, mea maxima culpa.
3-) Faça comparações com outros livros do autor que você realmente leu. Isso dará mais substância ao seu texto. Eu, por exemplo, realmente li Fogo Pálido e Lolita. Caso não tenha lido outro livro do autor, faça comparações com livros de outros escritores. Uma crítica, certa vez, comparou o meu “Os vermes” com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” só porque o livro de Machado é dedicado a um verme. Obviamente, um não tinha nada a ver com o outro, nem quanto a estilo nem quanto à história, a não ser o uso da palavra verme.
4-) Coloque algo que pareça uma teoria literária profunda. Não precisa ser, basta parecer.
5-) Roubei esta ideia de uma resenha anterior sobre o livro. Não tenha pudor de fazer isso. Só não esqueça de mudar algumas palavras para que o aturo do texto não perceba o furto. Por conta deste item, a primeira resenha de um livro é quase sempre a mais importante, pois muitos dos resenhistas futuros vão lê-la e repetir suas opiniões. Principalmente se não leram o livro. Isso constrói uma certa unanimidade em relação ao livro, o que é péssimo.
6-) Cite um trecho do livro. É claro que muitas vezes você só vai ter lido justamente aquele trecho, mas o leitor de sua resenha não sabe disso e pensará que você realmente escolheu uma parte especial do livro. Curiosamente, o resenhista que não lê todo o objeto resenhado quase sempre cita e comenta algo das primeiras páginas, as únicas que ele leu. Mas há que se tomar cuidado com isso. Numa crítica recentemente publicada na Folha de S.Paulo, por exemplo, o resenhista falou algo sobre a paternidade de um personagem de certo livro, informação dada no primeiro capítulo do livro. Se ele tivesse lido o segundo capítulo, saberia que o pai do personagem era outro. Ou seja, o melhor é fazer alguma afirmação neutra e colocar o trecho, sem se arriscar demais.
7-) Quanto tiver que opinar, apenas repita o senso comum que há sobre este autor. Por exemplo, se a resenha é sobre o Luis Fernando Verissimo, diga que ele é engraçado; se é sobre Rubem Fonseca, fale que seu estilo é seco; se é sobre Dalton Trevisan, declare que ele é o rei da concisão.
😎 Outro truque básico é contar a biografia do autor. É claro que na maioria das vezes ela não interessa nem um pouco à história, nem fará você gostar mais do livro ou entendê-lo melhor. Mas ajuda a encher o espaço. Além disso, também é uma forma do jornalista contar uma narrativa, pois, já que não conhece bem a história contada pelo livro, pelo menos conta a vida de seu autor.
Enfim, deixo aqui aos futuros resenhistas a minha humilde contribuição. Que talvez também tenha alguma utilidade para os leitores.