Blog do Torero

Categoria : Futebol

Toreroteca
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Torero

Como o Santos ganhou do líder, e fora de casa, vou colocar como prêmio na toreroteca de hoje um livro sobre o clube: “A década de ouro”, de Guilherme Gómez Guarche.

 E aproveito para fazer uma resenhazinha do livro.

 Para quem não conhece o autor, explico que Guarche é um estudioso sobre o Santos. Na verdade, é mais que um estudioso. É um pesquisador fanático, um nerd. Escrevi dois livros sobre o time e assim conheço um bom tanto sobre sua história, mas, se nós dois disputássemos de um concurso com perguntas sobre o Santos, tenho certeza que eu perderia de goleada. E não é falsa modéstia, eu perderia feio mesmo.

 Hoje, Guarche é uma espécie de historiador contratado do clube, com direito até a salinha sob as arquibancadas, uma salinha cheia de fotos, jornais e pôsteres que deve causar inveja noutros fanáticos.

 Mas deixemos o autor de lado e vamos ao que interessa: o livro.

 Ele tem uma proposta curiosa: contar tudo o que se disse nos jornais sobre o clube durante a década de 60.

 Assim temos pérolas e coisas pouco úteis. Para mim, por exemplo, pouco interessa a ficha do jogo entre Santos e Noroeste em 1965. Mas já interessa muito a transcrição de um texto, escrito por conta do aniversário de 70 anos de Friedenreich, que conta a passagem do grande goleador pelo Santos, já com 43 anos, quando ele, depois de um amistoso no Rio Grande do Sul, chegou ao hotel apenas na manhã seguinte e se negou a ir para um jogo noutra cidade, mas acabou sendo carregado pelos outros jogadores para o ônibus.

 Ou seja, o pecado do livro é, ao mesmo tempo, sua qualidade. Por conta de sua proposta abrangente, ele traz coisas pouco úteis, mas, em compensação, conta histórias saborosas como essa, que eu, por exemplo, jamais tinha ouvido falar.

 O tempo cristaliza um certo conhecimento sobre o clube, uma certa mitologia, e livros como esse conseguem furar esse muro de informação oficial.

 Na minha leitura, eu pulei estas fichas dos jogos e fui atrás dos casos curiosos.

 Como é uma edição de autor, quem quiser comprar o catatau (412 páginas, R$ 30,00) deve entrar em contato com o próprio Guarche (ggguarche@bol.com.br)

 Mas vamos à toreroteca.

 Como o prêmio é mais para santistas (mas também para os loucos por futebol e os amigos de santistas), ganha aquele que adivinhar quem fará, e quando, o primeiro gol santista no jogo de sábado contra o Atlético Paranaense.

 Se ninguém acertar na mosca, ganha quem chegar mais perto. Só com zero a zero é que o prêmio não sai.  

 Eu voto em Neymar aos 22’ do primeiro tempo.

Façam suas apostas.


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Torero

O de hoje é “Vai indo que eu já vou”, dirigido por Rubem Barros e Marcelo Perez. É um documentário de 15 minutos sobre a morte, o mais importante dos assuntos, e é bem interessante, apesar de eu ser um dos entrevistados.

Para ver o filme, clique aqui.

E, se tiver uma sugestão de curta, mande aí.


Bolas na urna e votos na rede
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Torero

O futebol é uma metáfora universal. Serve para fazer comparações com guerra (“ataque”, “defesa”, “artilharia”, etc…), sexo (não vou falar em “penetrações” ou “entrar com bola e tudo” porque este é um blog de respeito), sobre a duração da vida (eu, por exemplo, sei que já estou no segundo tempo e torço por uma prorrogação) e até sobre política.

Hélio Costa, por exemplo, lembra o Atlético Mineiro: começou o ano com tudo e prometia um grande ano, mas todos viram que foi facilmente superado pelo rival.

Aliás, o Cruzeiro lembra a Marina: acabou a semana em terceiro na tábua de classificação, mas foi o grande vencedor da rodada (o que é ótimo, pois com a peessedebização do PT, é importante que surja algo diferente).

O Cruzeiro, em terceiro lugar, vem atropelando.

Continuando em Minas, Antonio Anastasia parece o América: Ninguém botava muita fé, mas ele está no G-4 da Série B e pode subir para a A em 2011. Aliás, sabem quem é o artilheiro do time? O velho Fábio Junior, que está em terceiro lugar na artilharia. 

Mas mudemos de estado. Vamos a Pernambuco, onde Marco Maciel, conhecido torcedor do Santa Cruz, mostra que tem mais a ver com o seu time do que sonha a nossa vã sociologia. Ele não conseguiu se reeleger para o Senado, mesmo com duas vagas em jogo. E há um tempo atrás ele parecia invencível. Já o seu Santa Cruz, que participou da Série D este ano, caiu fora ao ser vencido pelo Guarany de Sobral, um time com, digamos, pouca tradição. Porém, diga-se que o Guarany cearense conseguiu entrar nas quartas-de-finais da Série D, eliminando o colorido Sampaio Correa.

O Santa Cruz está numa fase de vacas magras.

Falando em colorido, Fernando Collor pode ser comparado ao Brasília, na Série D. Disputando a terceira fase do campeonato, o time do Distrito Federal saiu na frente ganhando por 3 a 0 do Araguaína. Mas tomou uma virada inacreditável e perdeu por 4 a 3. No jogo de volta, saiu ganhando por 1 a 0, mas tomou outra virada, desta vez por 2 a 1. O Araguaína é uma espécie de Aloysio Nunes, que conseguiu uma virada totalmente inesperada, tirando Netinho do senado (o chato é que com isso ele volta a cantar).

Tasso Jereissati pode ser comparado ao Ceará. Os dois começaram bem nos seus campeonatos (o Ceará, lembram?, era vice-líder no tempo de PC Gusmão), mas Tasso acabou fora do senado e o Ceará está perto da zona do rebaixamento (se bem que empate com o Corinthians dá esperanças de que o time possa reagir).  

O Ceará tem motivos para estar preocupado.

Os candidatos ao governo da Paraíba Ricardo Coutinho e Zé Maranhão (ele não deveria disputar contra Roseana?) quase empataram em votos: 49,74% a 49,30%. Eles são como Coritiba e Figueirense na Série B, que vêm disputando a ponta a cada rodada.

Roriz é como o Grêmio Prudente. Ambos mudaram de nome. Um, de Joaquim para Weslian. Outro, de Barueri para Prudente. E os dois parecem que serão rebaixados.

O Grêmio Prudente terá que dar muitas entrevistas para se explicar.

Mercadante lembra a Ponte Preta. Chega perto mas não leva. Aliás, a Ponte vem em sexto lugar na Série B, quatro pontos atrás do quarto colocado.

Por fim, Dilma é o Fluminense, lidera mas pode perder a ponta para o Corinthians, que lembra muito o Serra: está em segundo lugar na tabela e é o queridinho da imprensa (pronto, já vi que corintianos e serristas vão me xingar. Tudo bem, mas poupem minha velha mãezinha, por favor).

Como se vê, futebol e política têm coisas em comum. Mas um nos alegra a vida, o outro, nem tanto.


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Torero

Doravante, às terças-feiras, vou colocar aqui o link para um curta metragem.

Como este, teoricamente, é um blog de futebol, vou começar a tradição com um filminho sobre o assunto: Uma história de futebol, de Paulo Machline, com roteiro meu e de Maurício Arruda.

O curta concorreu ao Oscar em 2001. E perdeu. Bah!

Para ver o filme, clique na foto abaixo:

Se quiser ler o relato de minha malfadada ida ao Oscar, publicado no blog em 24/1/2009, clique aqui.


Brasileirão City: os duelos só acabam no último suspiro
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Torero

     O cheiro de carne queimada no ar e a fumaça que pairava nas ruas poderiam dar a ideia de que acontecera um grande churrasco em Brasileirão City.

     Mas não. 

     O que tivemos foram dez ferozes duelos.

      Duelos em que pouco valeu lutar em sua própria terra, pois vários forasteiros se deram bem neste fim de semana.

     Para começar, John Esmeraldine foi ao Morumbi Saloon e aplicou uma saraivada de balas em Jack Tricolor. Foram três tiros certeiros do caubói do cerrado, e antes mesmo da parada para o uísque. Curiosamente, o revólver Rafael Moura, que nem sempre tem uma grande pontaria, foi responsável por duas balas mortais. E vale destacar o excelente desempenho do colete Harlei, de Esmeraldine, que deve ser feito de aço, pois quatro tiros certeiros ricochetearam nele.

The Fish está voltando a ser The Flash.

     Billy, the Fish, conseguiu vencer a Will Uai. E em grande estilo. Na primeira metade do duelo, nada aconteceu. Mas, logo depois do intervalo, uma bala de Billy furou a bela camisa de Will. Então Billy perdeu um de seus revólveres, mas mesmo assim acertou um segundo projétil. O mineiro reagiu e quase empatou a luta, mas foi Billy quem teve melhor pontaria e acertou dois tirambaços em Will, transformando o manto celeste em trapo. 

     No encontro mais far-west do domingo, o de um índio contra um Wayne, o Guarani venceu Joaquim Wayne. E graças a uma penalidade inexistente. É claro que antes houve uma penalidade não marcada pelo judge Héber Roberto Lopes, mas um erro não conserta o outro. Pelo contrário. Um erro mais outro são dois erros. 

As coisas estão blacks para Black Red

     Black Red, o caubói que tem um urubu de estimação, perdeu para Big Green.  E agora começa a ter medo de ser mandado para Série B Village. Já Big Green, o caubói bipolar, esta semana ganhou, mas na próxima pode perder. Tudo pode acontecer quando se trata de Big.

     Seth Fire e Harry Hurricane ficaram num empate. Fire vinha vencendo bem o duelo, mas, no último instante, feito um mocinho que dá o derradeiro tiro deitado entre as pernas das cadeiras do saloon, Hurricane acertou uma bala salvadora com seu revólver Guerrón. Fire ainda reagiu, mas seu tiro bateu na moeda de um dólar que estava no bolso do atlético caubói.

     As cauguéus tiveram sortes diferentes neste domingo. A morena Victoria Salvador perdeu para Louis Laranjeira, de novo líder de Brasileirão City.

Ava Wee sonha com mares mais tranquilos

      Já a loira Ava Wee foi quem mais acertou tiros. Colocou cinco no peito de Sir Arah. Cinco! E dois deles muito belos, feitos com a espingarda Jéferson, de alta precisão. Há 40 dias Ava não vencia alguém. A loira duelista vai comemorar tomando sol numa das praias de sua ilha.

     Rob Gallo, mesmo com chapéu novo, da marca Dorival Jr., perdeu para Sancho Pampa. Definitivamente, Gallo não anda com sorte. Mal o duelo começou e ele levou dois balaços. Depois acertou um tiro e quase empatou, mas os primeiros quinze minutos lhe foram fatais. Gallo está numa fase caipora, zicada, azarada. Lembra o Big Green de alguns anos atrás, quando ele foi mandado para Série B Village. Mas tem boas armas e pode reagir. Só que tem ser agora. Não há mais depois.

     Por fim chegamos ao mais importante confronto do fim de semana, o duelo entre James Colorado e Tim Timão, dois candidatos à estrela de xerife em Brasileirão City.

     James começou vencendo. Mas Tim Timão não se deixou intimidar e reagiu, empatando o duelo.

     Parecia que tudo ficaria assim, com 1 tiro contra 1. 

     Mas faltando treze minutos para o fim da lide, Colorado acertou Timão, vencendo o que parecia empatado.

     Parecia que tudo ficaria assim, mas, faltando um minuto, Tim reagiu e empatou o que parecia perdido.

O dente de ouro de Tim Timão brilhou quando ele acertou a segunda bala.

        Parecia que tudo ficaria assim, mas, faltando um suspiro, James deu um tiro derradeiro, que ricocheteou e alvejou, ou seria mais certo dizer avermelhou, o peito de Tim. O que parecia empatado, estava perdido.

James Colorado riu por último.

     Foi uma vitória que jogou Tim para a segunda posição (com um duelo a menos que Louis Laranjeira) e aproximou James da liderança.

     Ah, o que seria do bang-bang sem os tiros no último instante?

     Não perca os próximos capítulos de Brasileirão City. Ainda falta muito para o The End.


Acabou!
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Torero

Depois de mais de mil e quinhentos palpites, eis que finalmente acabou a maldição de Barrabás.

E quem foi este novo Zé Cabala? Este novo Nostradamus? Esta nova mãe Dinah?

Foi Thiago Mendes, que acertou inclusive a inesperada vitória do Goiás.

Mande aí seu endereço, ó grande mestre divinatório.


O fim da maldição de Barrabás
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Torero

E finalmente acabará a maldição. O livro irá para alguém.

A derrota do São Paulo por pouco não acabou com as chances dos quase 400 palpiteiros. Mas sobraram três. E cada um deles apostou num resultado diferente para o jogo de hoje: Internacional x Corinthians.

Aleluia!


Desabafo atleticano
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Torero

Um bem humorado amigo mineiro (tão atleticano que fala “viagem de navio” em vez de “cruzeiro”) mandou-me estes chistes sobre seu time. 
 

  • O que há de comum no carro a álcool e o goleiro do Atlético Mineiro?

Quando mais você precisa, nenhum dos dois pega.

  • Cartão de crédito do Atlético Mineiro é o melhor do mundo:

Não vence nunca.

  • Os dois piores times do mundo são:

Em segundo lugar, o time reserva do Atlético Mineiro. Em primeiro, os titulares.

  • Os novos patrocinadores do Atlético Mineiro são:

Philco: para melhorar a imagem;

Volkswagen: para fazer gol;

Toyota: para sair da lama.

  • O Atlético Mineiro vai lançar uma nova raspadinha…

Se você raspar e aparecer um jogador do Galo com uma faixa de campeão no

peito, pode ir à padaria mais próxima e trocar por um sonho.

  • Me falaram certa vez que todo mundo nasce atleticano…

Talvez seja verdade. Explicaria o fato dos recém-nascidos chorarem tanto.  

  • Sabe qual a diferença entre o Atlético Mineiro e o salário mínimo?

É que o salário mínimo você ganha, ganha, ganha e não compra nada.

Já o Atlético Mineiro compra, compra, compra e não ganha nada.