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Categoria : Meus leitores

Meus leitores: Biffi, o homem do Oeste
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Torero

Na seção “Meus leitores” de hoje vou falar de um sujeito bem humorado, que não é caubói mas entende de Oeste como ninguém. Aliás, sempre que o Oeste joga ele manda uma pequena reportagem sobre o jogo, o que me poupa um bocado trabalho.

Denílson de Oliveira Biffi tem 33 anos. Nasceu em Itápolis, mas mora em São Paulo há 12 invernos. Trabalha como analista de sistemas para bancos de pequeno a médio porte (inclusive para o Panamericano, o que pode explicar os recentes problemas do banco).

Biffi tem um sobrenome um tanto particular, e por conta disso tem que aguentar piadas do tipo: “Ah! Vamos comer o Biffi!”, ou trocadilhos como “E aí, bisteca!?”. Obviamente, como este é um blog de respeito, não faremos chistes infames como estes.

Biffi a cavalo

Ele é casado com Karina há sete anos. O namoro começou em 2000, na empresa em que ele trabalha (ao que consta, ela não prestou queixa por assédio sexual). Eles não têm filhos, mas, em compensação, possuem sobrinhos, afilhados e diversos priminhos. Ou seja, criança é o que não falta na vida deles.

O futebol entrou bem cedo na vida de Biffi, pois seu pai sempre assistia aos jogos do Palmeiras. “Mas de camisa cinza, porque a TV Philips dos anos 80, que o dinheiro podia comprar à época, era em preto e branco. Demorava quase um minuto pra ligar e ainda mais uns dois pra esquentar e a imagem parar de correr.”

Quando era pequeno, Biffi queria ser goleiro, assim como seu pai era nos times de várzea da cidade (“Tiririca e Viracopos, nome sugestivíssimo”).

Ele conta que nunca foi grande coisa no futebol, “mas, como no gol eu atrapalhava menos que nas outras posições, acabava sendo goleiro reserva do time da escola, goleiro reserva do time da Patrulha Mirim de Itápolis e goleiro reserva do time juvenil de handebol da cidade”. Neste último, ele foi campeão regional, ganhando a final contra Pirassununga. E Biffi até jogou os dois minutos derradeiros, quando a partida já estava definida.

Como todo mundo, Biffi às vezes fica meio enrolado

Biffi explica seu amor pelo Oeste: “Até meus 7 anos de idade, eu morava numa casa que ficava atrás da arquibancada de cimento do estádio municipal de Itápolis. Era Estádio dos Amaros, na época. Tínhamos como vizinhos um casal de velhinhos, Sr. João e D. Adelaide (que me dava coxinhas de frango deliciosas pelo muro). Eles tinham uma caixa d’água bem alta, mais alta que os muros do estádio e ao lado da arquibancada de cimento. Subindo nessa caixa d’água por uma escada de madeira, assistíamos, meu pai, meu irmão e eu, a vários jogos de graça.”

Na adolescência ele começou a ser frequentador do Estádio dos Amaros. No ano em que o Oeste ganhou o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (correspondente hoje à Série A3), ele foi praticamente em todos os jogo, ficando todo orgulhoso de ver a Globo e a Record, em suas emissoras regionais, fazerem a cobertura dos jogos finais.

“Acho que, talvez, a maior loucura futebolística que fiz foi por causa do Oeste. Em 1999, o Oeste foi vice campeão da série A3, e o último jogo do quadrangular semifinal foi aqui em São Paulo, no Estádio do Nacional, na Barra Funda. E lá fui eu com um amigo, olhando no guia de ruas, de metrô e ônibus, assistir ao jogo. Um frio de rachar, e eu lá, no meio da torcida do Nacional assistindo ao jogo. Placar final, Oeste 1 a 0, classificado para a A2.”

Como o Oeste não está tão presente na imprensa como um Corinthians ou um Flamengo, para ficar informado, Biffi recorre a uma comunidade no Orkut (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=67668) e a um site extraoficial: http://rubrao.blogspot.com/.

Biffi em família

Seu segundo time é o Palmeiras, pelo qual ele diz já ter cometido alguns exageros: “Na Libertadores, quando o Marcos pegou aquele famoso pênalti, eu comecei a pular, com o calcanhar batendo com tudo no chão da sala. O vizinho de baixo deve ter pensado que era um terremoto.”

“Hoje não faço mais essas coisas, até porque a patroa é quase o oposto de mim: odeia futebol, então dou uma maneirada. Nessas horas é imprescindível ter duas TVs. Dependendo da importância do jogo, consigo a concessão de assistir na TV maior. Tento fugir do Galvão Bueno, mas quando encontro o Neto pela frente, sou obrigado a voltar pro Galvão.”

Biffi com a camisa do Oeste

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