Futebol, kichute e galinhada
Torero
Luiz Guilherme Piva
Laranja lima debaixo da árvore. Cedinho, a relva molha os pés e a bola. Sol de domingo na horizontal. Bostas de vaca aqui e ali. Secas, tiradas com chutes. Água de bica na mangueira do casebre, do qual saem cheiro de café e uma parte da família amontoada na bicicleta, cuja trilha demarca a linha do meio-campo. Cordão do calção desamarrado, meião, bate-bola pro aquecimento, mosquitinhos nas perebinhas do joelho, cruzamentos pro goleiro se alongar.
O time da casa chega aos pedacinhos. Uns magrelos vindos do capinzal com kichute na mão. Uns grandes, de bicicleta, descalços. Um a cavalo. Dois de carroça. Mais uns dez de caminhonete. Tem sarará, negão, branquelo, pardo, gordo, espigado, índio. A camisa velha, amarela e uma outra cor já apagada. Shorts, bermudas, calças dobradas até o joelho.
Já sem relva, sem bosta de vaca, há umas galinhas no canto onde acaba a grama. Dentro de um gol, uma cadela sonada. Carniça no córrego atrás do campo, com moscas, urubuzinhos, flores silvestres, arbustos.
Do casebre outra parte da família sai e senta no chão perto do campo. Uns meninos barrigudos às vezes entram pra brincar no meio do jogo com uma dente-de-leite furada. O pai atravessa o campo na bicicleta duas ou três vezes no leva e traz de alguma coisa – e pode parar no que seria o círculo central pra ficar assistindo a uma cobrança de córner ou a um pênalti. Se der rebote, ele poderá até deitar a bicicleta, jogar o chinelão de lado e dar um bico na bola de volta pro lugar de onde ela veio.
Velhos de chapéu na beirada picam fumo. Três mocinhas assanhadas dão jeito de passar pela grande área, roupinhas coloridas, rindo e cochichando. Um barulho de bambu partido com facão. Bois mugindo e vindo. Dá pra ouvir forte os que chutam de pés descalços, com as solas mais grossas que o kichute dos menores. O juiz fica sentado perto do casebre, conversa com a dona enquanto o marido ainda não volta. Se este desponta na trilha, ele levanta e apita infinitamente, correndo pra demarcar o local da falta.
O sol agora é diagonal. Segundo tempo alto. Nada de gol. Um comecinho de briga. Os visitantes assistem – é entre eles daqui, que se entendam. No final, dois gols do time da casa: confusão na área, poeira, empurrões, um negão no primeiro, um menino sarará no segundo, põem pra dentro. Do casebre, dois rojões. A mãe entra em campo e abraça o moleque, suado, sardento, sorrindo, sebento. Depois, prende a barra do vestido numa ponta com as mãos e volta aos pulinhos. Os velhos do outro lado tomam pinga.
Fim do jogo. Os visitantes só de meião, sem camisa, sobem na carroceria. Levam mangas, milhos, mudos. Não são onze horas, mas no casebre já tem galinhada. As camisas do time, de listras amarelas e outra cor, nas bacias. Vão passar a tarde no arame, orgulhosas, bandeiras agitadas em festival. O sol imenso deixa tudo deserto, avermelhando os morros e as distâncias até a noitinha, só com o som da Rádio Globo chiando um Flamengo e Madureira.
Luiz Guilherme Piva publicou Ladrilhadores e semeadores (Editora 34) e A miséria da economia e da política (Manole).
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Marco Antonio Guerra
31/10/2011 07:45:17
Bom dia Álvaro,Já faz muito tempo que tento encontrar alguns amigos do passado, que tiveram a grande honra de pertencer a ”OEEMPG = Organização Esportiva e Educacional dos Mirins de Praia Grande” . Lembro-me perfeitamente desta sigla, pois eu era goleiro e carregava com orgulho este nome no peito (quando chovia estas letras bordadas pesavam muito).Fiz parte da primeira “leva“ de meninos que formou esta organização. Lembro-me com grande alegria e muita gente. Este campo do Vasquinho que você mencionou, pois era o campo que eu mais gostava. Ficava no meio do nada, mas tinha um gramado maravilhoso. – Guardo ainda algumas fotos daquela época. Infelizmente não são muitas.Durante algum tepo fui o goleiro titular da seleção, mas minha familia se mudou para São Paulo e eu perdi totalmente o contato com todos.Eu me lembro de que tínhamos um Álvaro na equipe do ”México” e seria legal saber se era você mesmo, pois se for, eu tenho ainda uma foto onde você aparece.Lhe envio aqui um abraço
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Marco Antonio Guerra
31/10/2011 07:41:59
Bom dia Álvaro,Já faz muito tempo que tento encontrar alguns amigos do passado, que tiveram a grande honra de pertencer a ''OEEMPG = Organização Esportiva e Educacional dos Mirins de Praia Grande'' . Lembro-me perfeitamente desta sigla, pois eu era goleiro e carregava com orgulho este nome no peito (quando chovia estas letras bordadas pesavam muito).Fis parte da primeira ``leva`` de meninos que formou esta organização. Lembro-me com grande alegria e muita gente. Este campo que voc6e mencionou era o campo que eu mais gostava, pois apesar de ficar no meio do nada, tinha um gramado maravilhoso. - Guardo ainda algumas fotos daquela época. Infelizmente não são muitas.Durante algum tepo fui o goleiro titular da seleção, mas minha familia se mudou para São Paulo e eu perdi totalmente o contato com todos.Eu me lembro de que tínhamos um Álvaro na equipe do ''México'' e seria legal saber se era você mesmo, pois se for, eu tenho ainda uma foto onde voc6e aparece.Lhe envio aqui um abraço
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fabiano rodrigues
27/12/2010 12:15:13
Obrigado por esta bela recordação, mesmo em São Paulo capital, no Bairro do Sitio Pinheirinho, o nome ja diz tudo, divisa com São caetano do sul, era idêntico ao que voçê descreve ( o time do Pinheirinho era um bom time nos anos 60 e começo dos 70). bosta de vaca, as vacas eram do (Sr. Armando um Portugues )bica de agua, cheiro de carniça, chuteira viola, vi jogos emocionantes contra o São Cristovão do Jardim Guairaca. verdadeiro celeiro de boleiros a varzea, vi toninho vanuza, e alguns que foram jogar na colombia, mas não fingaram. este era o verdadeiro futebol brasileiro, choreao ler este texto, vivo de lembranças da minha infancia aqui em PARIS. Obridago Fabiano boas festas de fim de ano a todos amadores do bom futebol
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Jose Caetano
14/12/2010 10:28:23
Parabéns! Texto muito bom, me fez viajar de volta no trem da imaginação, a fazenda onde nasci em Quatá São Paulo, a várias decadas já, o jogo éra sempre contra uma fazenda ou sitio vizinho, pés descalsos, de camisa contra sem camisa, bola de capotão, alegria do gol, drible na vaca que também participava do jogo, pastando calmamente sem se importar com a disputa. Sem transmissão de rádio porquê nem eletricidade nós tinhamos. Mas tinhamos a alegria do gol.Coisa de brasileiro.
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Marcelo Ramos
13/12/2010 21:33:36
Muito bem lembrado. O cadarço não acabava nunca. Mas com o tempo ele ia ficando cada vez menor, porque arrebentava de tão gasto. E o Kichute (bicanca, como dizia minha avó) realmente se desintegrava. Ô saudade!
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Henri
13/12/2010 18:48:04
Muito bom mesmo o texto, me lembra da infância, apesar que eu morava em Vila Velha-ES, e então as peladas eram na praia, o que alterava parte do cenário: ao invés de bosta de vaca, seria de cahorro mesmo, junto com um ou outro pinho (a rua da praia já teve pinheiros) e côcos, que aliás serviam para marcar o "campo"; às vezes até as traves eram côcos.Volta e meia alguém tinha que ir buscar a bola na água gelada. E tinha que nadar bem, porque é daquelas praias em que se afunda rápido. A gente ficava mais que seboso, hehe, até tendo que limpar os olhos de areia misturada com suor... no fim todo mundo caía no mar, e ficava tentando pegar um tubo, e acabava tomando muito caldo, enchendo o * de areia...kkkkkkkkBoas lembranças, obrigado pelo texto!
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Marcio
13/12/2010 10:51:09
A gente colocava o Kchutão no pé, dava volta por baixo, aquele cadarço era enorme...kkkk só tirava aquela tranqueira do pé quando ele se desintegrava, acabava os cravos, ele ficava "Slick" e o próximo passo era furar no fundo...kkkk quanta saudade daquele tempo...era tão mais divertido.
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Marcelo Ramos
13/12/2010 10:26:02
Bom dia!Texto maravilhoso. Me trouxe muitas lembranças de minha infância aqui no interior de São Paulo. Emocionante. Dente-de-leite furada e mosquitinhos nas perebinhas do joelho... que saudade! O cheirinho do café, então, nem se fala! A única diferença seria a transmissão da Rádio que traria um Corinthians e Juventus, ou um São Paulo e XV (Jaú ou Piracicaba), Palmeiras e Portuguesa, Noroeste e São Bento, e por aí vai...Abraço.Marcelo Ramos.
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Antônio Carlos
13/12/2010 08:49:15
SEN-SA-CIO-NAL!! ES-PE-TA-CU-LAR !!!!O texto me levou de volta à minha saudosa (e gloriosa) Minas Gerais, onde eu disputei diversas "peladas" iguais a essa que foi narrada... com kichute e tudo!Me lembrei com saudades da minha querida Muriaé, na zona da mata mineira.Aliás, tenho quase que certeza absoluta de que essa partida foi disputada por aquelas bandas... Afinal, não consigo imaginar outro lugar onde veríamos "bosta de vaca no campo" "velhos de capéu picando fumo na beira do campo" , gente "bebendo pinga do outro lado" e onde os visitantes levam frutas e espigas de milho (verde) como presentes.... Isso sem falar que, "à noitinha", tem o chiado cheio de estática da Rádio Globo (com José Carlos Araújo) transmitindo Flamengo X Madureira....Obrigado Piva .... foram doces recordações ....
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Mario César Moura
13/12/2010 08:28:24
Perfeito, para ser igual a minha infancia o titulo seria" Futebol,Kichute e carne do sol" nas cidades de Palmeira dos Indios-AL e Garanhuns-PE, que saudade....tempos que não voltam mais.
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Jorge
13/12/2010 07:26:51
Muito bom!
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Marcelo
13/12/2010 07:05:13
Tem gente que não esquece o Corinthians. Paixão enrustida? [x2]
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Paulo
13/12/2010 06:31:30
Kichute... Qual o garoto que naquele tempo não queria ter um? Usava até o solado ficar lizinho. Quem não tinha dinheiro p/ comprar uma chuteira, ia de Kichute mesmo. Bons tempos aquele, como era bom.Valeu pela lembrança, muito bom!!!!
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genesio
13/12/2010 06:22:17
me lembro da escola rural onde estudei,alias só estudei lá...eu tinha 9 ou 10 anos e todos os dias na hora do recreio nós nem queriamos saber da merenda , assim que a professora liberava, um dos colegas ja chutava uma bola lá no meio do patio, ou pasto...aí começava , os dois melhores que escolher os jogadores , um pra cada lado, começavam pelos melhores, e eu era o ultimo a ser escolhido...depois de tudo pronto pra começar um gritava; seu time ta muito melhor que o meu , assim não da, e o outro então dizia: eu passo o genesio(eu) pra vcs...mas o tempo passou e eu até melhorei um pouco...la na roça tinha dois times; o time de baixo( todos primos e irmãos) e o time de cima; eu jogava no time de baixo e o meu irmão( que jogava melhor que eu) jogava no time de cima...mas eramos todos amigos, pelo menos depois do jogo, pra não misturar, jogava um time com camisa e outro sem...até que um dia um candidato a prefeito deu um jogo de camisa , não tinha escudo mas era listrada de preto e branco...eu continuei jogando com minha camisa , pois só usava ''azul".
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Herbert F silva
12/12/2010 23:17:59
Saudade não tem idade , só que pode viver estes momentos , sabe o quanto e belo este relato , saudades dos meus pais avôs tios ,a roça ,o campinho de terra batido , domingo brlo texto
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Heitor
12/12/2010 23:03:36
Cara esse blog não é pro seu bico. Vai procurar o blog do Neto, vai.
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nilson jesus
12/12/2010 22:31:40
No meu tempo, tinha neguinho sem vergonha que chutava a bola pro mato p/ descansar um pouco do sol. E era uma briga pra achar alguem q fosse buscar o capotão no espinheiro, e enquanto isso a gente tomava uma groselha, garapa ou limonada na beira do campo, e alguns até já iam direto no rabo de galo q estava reservado só p depois do jogo. Eu jogava de Keds que protegia mais o tornozelo pq o kchute enroscava muito no capim alto do pasto e se prendia nos buracos e pedaços de cepos. Olha cara, o resto era aquilo mesmo que acontecia, fora um dia que um camarada jogou até de cueca zorba, com chuteira e meia alta, na maior cara de pau como se fosse normal, mesmo com mulheres assistindo. Bem, pra ele era normal mesmo...rrrssss. Muito bom o texto, é o retrato do futebol rural, o verdadeiro e mais original jogo de bola.
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kleiber
12/12/2010 19:57:53
Lembro-me de um tempo assim em que o nosso campo tinha um "barranco" cheio de buracos que funcionavam como armários onde, além de roupas, se guardavam algumas armas....podia sair abriga que fosse; ninguem corria pro lado do barranco...a coisa se resolvia no meio do campo. Todos continuávamos amigos.
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Danilo
12/12/2010 18:10:01
Eu vivenciei tudo isso aqui na minha cidade, Campina Verde MG. Lindo relato. E num jogo de fazenda que participei aconteceu um lance que não esquecerei jamais: "O campo era todo de terra e não havia redes no gol. O juiz era da cidade e tava roubando para o time da fazenda. Houve uma falta dentro da pequena área (imaginária, óbvio) e ele não deu penalti, assinalando somente um dois toques. Confusão total. Aí, o goleiro espertamente pediu para o juiz contar os passos pois ele queria formar a barreira. Lá foi o "ladrão" contando os passos e quando percebeu, já estava do outro lado da baliza pisando num montão de bosta de vaca para risos gerais".
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Jose moreira
12/12/2010 18:05:29
Emocionante,me lembra os velhos tempos do campinhoParabens
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SANTANGELO
12/12/2010 16:43:01
Caro Torero, apostarei no bom humor então, até porque sou vegetariano, galinhada não desce:http://www.youtube.com/user/santangelo1992?feature=mhum
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sidney
12/12/2010 07:01:37
Lembro perfeitamente, anos 70, o time do meu irmao mais velho jogava nas fazendas da regiao.Tradicionalmente, os jogos eram no periodo da tarde, sempre 2 partidas e o time da cidade tinha que levar 2 equipes: Os cascudinhos ( aspirantes ) e os Titulares.O jogo principal quase sempre tinha um segundo tempo bem MAIOR que o primeiro. Bastava o time da fazenda estar perdendo. Enquanto nao empatava, nao acabava.Eu ficava atras do gol p/ buscar a bola no pasto, assistia as brigas ( todo jogo tinha ) e como recompensa, no final ganhava o pao com mortadela. O refrigerante, nem sempre era possivel.Unica semelhança com os dias atuais; O Juiz Ladrao!!!
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Marcos Belli
12/12/2010 05:42:21
Quando comecei a ler o texto, foi como se uma tela abrisse na minha frente e me trouxesse à minha infância e parte da juventude - a riqueza de detalhes é maravilhosa - deu saudades - isso só pode ter sido escrito por quem já esteve lá!!! Faltou citar apenas aquele pessoal que tirava o sapatão do pé pra por a bola sobre ele e chutá-la "já no alto" rsrsrsrs... Um dos melhores textos que li desse assunto nos últimos tempos. Parabéns.
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matheus
11/12/2010 21:41:50
belíssimo texto.altamente cinematográfico.
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odair barboza, Leme ,São Paulo
11/12/2010 21:01:30
joguei esta futebol durante toda a minha infancia. Tenho saudades dos companheiros, dos jogos nas fazendas , no taquari, no caju, no ibicatu e do meu time, o Colorado F,C.O texto nos remete de volta ao passado e nos tras lembranças maravilhosas. Muito obrigado
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Eduardo
11/12/2010 20:50:53
"Mosquitinhos nas perebinhas do joelho..."
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David
11/12/2010 19:08:49
Tem gente que não esquece o Corinthians. Paixão enrustida?
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marcelo
11/12/2010 16:13:57
Voltei em 1984, 85 QUANTA SAUDADE
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Edson
11/12/2010 14:12:52
Galinhada Torero?Quando li tive certeza que estava falando do Corinthians...Esse é um dos apelidos deles!Aproveitando o espaço, Parabéns Pelo Centernada! hahaha
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andre dantas
11/12/2010 13:11:11
Sensacional... tempo bom que não volta mais!! Quando a bola de dente de leite furava a gente esquentava a faca para poder " remendar " a redonda e continuar a brincadeira!!
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Álvaro
11/12/2010 11:40:23
Veja se não é parecido. Quando eu tinha uns sete anos joguei nos "Mirins" de Praia Grande (SP). Acordava às cinco e meia da manhâ dos domingos, vestia o uniforme que o tio deixava levar para casa, calçava a chuteira superengraxada na véspera e ensebada (sebo legítimo, de açougue) para dar mais "molejo" ao couro (chuteira Viola), andava a pé, uniformizado, uns vinte quarteirôes, chegava no campo, enorme, do Vasquinho, esperava chegar a vez do seu time jogar (entre vinte, vinte e dois times), dava fome, juntava uns trocados, dividia uma tubaina e um pacote de bolachas com um ou dois companheiros (só os mais chegados), jogava, ganhava e perdia, ria e brigava, mas, voltava pra casa feliz da vida, extenuado, todo ralado, mas feliz. Nas escolinhas de hoje não tem isso. Não passa nem perto.
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João Benedito
11/12/2010 10:07:09
Adorei este texto, em partes me lembrou minha infância, no interior jogar futebol na parte da manhã era muito comum.
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Álvaro
11/12/2010 10:04:43
Perfeito. Isso não é uma crônica, é um relato. Ou melhor: um retrato perfeito. A gente lê e instantaneamente visualiza uma cena passada há muitos anos. E tudo por causa dos detalhes inseridos no texto. Pude, só de ler, sentir os cheiros (relva, bosta de vaca, camisa lavada, café), ver as ações (cruzamentos pro goleiro, garotada brincando dentro do campo - dente-de-leite furada é ótimo - , meninas atravessando o campo, espantar os mosquitinhos de pereba), ouvir os sons (quebra do bambu, chutes de pés descalços, urubus batendo as asas), e até mesmo "experrimentar" tato e paladar: vem o gosto da manga e do milho verde, a rudeza do couro da bola de capâo, o café passado no coador, o sal do suor provocado pelo a pino. Perfeito. Emocionante. Parabéns.
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oliveiros
11/12/2010 09:36:39
Maravilhosas lembranças para quem tinha um campinho no sítio. É isso aí, um baita texto. Parabéns!!
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Realista
11/12/2010 09:06:53
Pelo titulo do post achei que ia falar do corinthians.
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Alexandre
11/12/2010 08:28:41
Fantástico.Cara ... eu vi e vivi muito destas coisas na infância.Campo com bosta de vaca, kichute, uniforme de cor berrante e surrado, alguns jogando descalços, gente passando no meio do campo de bicicleta, alguns tomando pinga ...Muito bom.
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